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Sexta-feira Santa: Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo


“Meu Pai, se é possível, afasta de mim esse cálice! Todavia, não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres. ”


Na Sexta-Feira Santa é chegado o momento em que irá consumar a vontade do Pai sob a sua vida e missão entre nós. Neste dia, celebramos a paixão e morte de Jesus Cristo. O silêncio, jejum e a oração devem marcar este dia que, ao contrário do que muitos pensam, não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida.


A Hora Santa consiste numa hora de oração vocal ou mental, em memória da Paixão e Morte de Nossa Senhor e em homenagem ao ardentíssimo amor que o levou a instituir a divina Eucaristia. A origem desta devoção foi Nosso Senhor Jesus Cristo aparecendo a Santa Margarida Maria Alacoque, o Salvador disse: “Em toda a minha paixão foi no horto que mais sofri vendo-me completamente abandonado do céu e da terra. Oprimido pelos pecados de todos os homens, apareci perante a Santidade de Deus, que sem consideração pela minha inocência me esmagou com o peso de sua ira, fazendo me beber o cálice, que continha todo o fel e toda a amargura de sua cólera justíssima...para me acompanhares nesta humilde oração, que então ofereci ao Pai, levantar-te-ás entre onze e meia noite e te prostrarás durante uma hora com face sobre a terra”.


A Cruz para o cristão não é símbolo de morte, como alguns pensam, mas de vida, de ressurreição. Ela é nossa única esperança. A glorificação de Cristo e a nossa salvação passam pelo suplício da cruz. Cristo, encarnado na sua realidade concreta humano-divina, se submete voluntariamente à humilde condição de escravo (a cruz era o tormento reservado para os escravos) o suplício infame transformou-se em glória perene.


É por isso que cantamos na celebração da adoração da cruz na Sexta-Feira Santa: “Eis o Lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação no mundo. Vinde e adoremos”. O caminho da cruz, da humilhação e da obediência foi a que Deus escolheu para nos salvar, por isso, amamos e exaltamos a Santa Cruz. Santo António, Doutor do Evangelho, “o martelo dos hereges”, dizia: “Porque Adão no paraíso não quis servir ao Senhor, por isso o Senhor assumiu a forma de servo para servir ao servo, a fim de que o servo já não se envergonhasse de servir ao Senhor”.


Por Peterson Maximiano de Souza

Foto: Central de Comunicação RP

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